Foto:
Felipe Dalla Valle / Palácio
Piratini
O diálogo
entre o governo do RS e a Federação das Associações de Municípios (Famurs) para
o retorno das aulas presenciais avançou nesta terça-feira (25/8) com a
realização de nova reunião. Depois do encontro, o secretário de Articulação e
Apoio aos Municípios, Agostinho Meirelles, informou que o Estado mantém a
proposta de retomada do ensino público e privado de forma gradual e escalonada,
mas estabelecerá novo prazo, ainda não definido, a partir de setembro, e não
mais em 31 de agosto.
A nova data
será definida pelo governador Eduardo Leite em reunião com o colegiado do
executivo nesta quinta-feira (27/8). "A retomada ficará, provavelmente,
para a primeira quinzena de setembro nos últimos dias do inverno", disse
Meirelles. As atividades nas escolas estão suspensas desde 19 de março em razão
da pandemia de Covid-19.
A decisão
atende a pedidos de municípios encaminhados por meio do presidente da Famurs,
Maneco Hassen. Nova reunião com prefeitos sobre o tema será realizada dia 1º de
setembro.
O
secretário reforçou no encontro que o calendário do retorno das aulas
presenciais pelo Estado é facultativo e a decisão final cabe, pela ordem, aos
municípios e aos pais responsáveis pelas crianças. "O calendário também é
flexível e somente poderá haver a retomada das aulas presenciais em regiões com
as bandeiras laranja e amarela", destacou Meirelles.
Também se
manifestaram na reunião os secretário da Educação, Faisal Karam; da Saúde,
Arita Bergmann; e de Justiça Cidadania e Direitos Humanos, Mauro Hauschild;
além de representantes do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Contas
do Estado.
O governo
se manifestou favorável à nota pública do Ministério Público. Promotores de
Justiça regionais de educação decidiram, de forma unânime, que a "decisão
quanto ao retorno das atividades escolares presenciais, tanto em sua data,
quanto em sua forma ou ordem, cabe exclusivamente ao Poder Executivo".
Ainda conforme a nota do MP, o retorno das aulas presenciais deve ser precedido
de análise técnica de autoridades sanitárias estaduais e municipais.
Procedimentos em outros países
Na reunião,
o epidemiologista Wanderson Oliveira apresentou estudo sobre os impactos da
pandemia e reflexos socioeconômicos e educacionais com a reabertura das escolas
em 13 países. A pesquisa foi coordenada pelo ex-secretário Nacional de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde Fabio Jung, médico da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Wanderson
Oliveira destacou na apresentação que países mais desenvolvidos priorizaram a
retomada das aulas presenciais a partir das crianças do ensino infantil pelo
menor risco de gravidade. "É um exercício que está se fazendo para a
retomada das aulas. Cabe aos gestores decidir e eu estou apresentando
evidências que podem contribuir para esta decisão", afirmou Wanderson.
Seduc RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário