"Ao longo
da quarta-feira, 16 de outubro, foi realizada formação com os assessores do
programa Comissões Internas de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar
(Cipave) das 30 Coordenadorias Regionais de Educação , no auditório da Escola
Superior de Magistratura (Ajuris). Durante o encontro, foi abordado o trabalho
realizado dentro das escolas de todo o Estado, em especial, por meio dos
Círculos de Paz e Justiça Restaurativa.
Crédito: Lucas Nogare |
Para a
Coordenadora do Cipave, Patrica Sanchotene, a possibilidade de reunir os
responsáveis por multiplicar o programa por todas as regiões do Rio Grande do
Sul permite um maior alinhamento das ações praticadas. "Queremos a
cada dia construir efetivamente uma cultura de paz dentro das escolas e na vida
dos jovens. Encontros como esse nos colocam em contato com pessoas de grande
valor, o que contribui de maneira significativa para o crescimento do trabalho
da Cipave", afirma.
O diretor
do departamento de Justiça da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos
Humanos, Egon Kvietinski, falou sobre o projeto Escola Mais Paz, ação que atua
na formação de professores como facilitadores da construção dos Círculos de
Paz, além de perspectivas de novos projetos para o próximo ano.
Ainda,
estiveram presentes o neurocientista Guilherme Nogueira, responsável por estudo
sobre os impactos positivos do projeto Escola Mais Paz na vida dos estudantes
por meio de análises técnicas e embasamento teórico. Alcy Cheuiche, autor do
livro Lorde Baccarat, trouxe vivências e propostas sobre como abordar temas
relacionados às drogas no ambiente escolar.
Para o
fechamento do encontro, uma das autoras do livro Círculos em Movimento -
Construindo uma Comunidade Escolar Restaurativa, Kay Pranis, e o coordenador da
Justiça Restaurativa no RS, Leoberto Brancher, trouxeram aos presentes
todo o conhecimento que serve como base para o trabalho de Justiça Restaurativa
realizado nas escolas gaúchas.
Justiça
Restaurativa e os Círculos de Paz
A Justiça
Restaurativa está baseada no reequacionamento da abordagem de crimes e
conflitos. Ao substituir culpa por responsabilidade, perseguições por
encontros, imposições por diálogos, castigos por reparação de danos, coerção
por coesionamento, esse novo enfoque oferece soluções inovadoras.
Os
Círculos de Construção de Paz, ferramenta utilizada dentro da filosofia da
Justiça Restaurativa, são mais do que uma estratégia de prevenção e tratamento
de conflitos. Eles também podem ser vistos como estratégia de aprendizagem da
Cultura de Paz, uma pedagogia ativa, dinâmica, aplicada pelos próprios
interessados, sem intermediários e em tempo real, aos fatos da sua própria
vida, atendendo às suas próprias necessidades."
A
articuladora da Cipave na 21ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE / Três
Passos), Margaret Mocelini, participou desta formação.
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