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sexta-feira, 26 de junho de 2020

Letramento Digital traz dicas de inclusão e acessibilidade nas escolas


Foto: Seduc

A Secretaria Estadual da Educação (Seduc), por meio do Departamento Pedagógico, realizou, na terça-feira, 23 de junho, a segunda live do período de Letramento Digital das Aulas Remotas na Rede Estadual de Ensino. A palestra de Doug Alvoroçado trouxe dicas sobre inclusão e acessibilidade nas escolas. A capacitação, que visa fornecer aos professores o conhecimento para a preparação de aulas no formato não presencial, segue até o dia 26 de agosto. As transmissões ocorrem pela página da Seduc no Facebook e no canal do Youtube Seduc TV RS.

O mestre em Educação e Google Innovator Doug Alvoroçado lembrou que, por muito tempo, pessoas com deficiência eram afastadas de espaços de ensino e trabalho.  De acordo com ele, esta é uma realidade que mudou, mas que ainda apresenta grandes desafios para que não ocorra uma exclusão dentro do processo de inclusão. “A inclusão é ativa, e não passiva. Eu, professor, tenho que me mover para promover a inclusão daquele aluno”, ressalta.

Doug pontuou quatro aspectos a serem observados, no que se refere à acessibilidade: o arquitetônico, o metodológico, o instrumental e o atitudinal. O arquitetônico diz respeito à possibilidade de acesso das pessoas com deficiência a todos os ambientes de estudo, a partir de rampas, escadas, elevadores e afins. O metodológico está ligado aos métodos e técnicas de estudo, trabalho, comunicação e ações oferecidas pelo professor. “Existe a dificuldade de aprendizagem, mas também há a dificuldade de ‘ensinagem’, quando eu só consigo ensinar de uma única forma, que não permite que algum aluno consiga absorver aquele conhecimento”, destaca.

A acessibilidade instrumental se dá mediante aparelhos e utensílios adequados às necessidades de todos os estudantes atendidos. Em tempos de pandemia, por exemplo, Doug destaca que é importante pensar nos instrumentos oferecidos ao aluno para acessar as lives, como espaço para tradutores-intérpretes no vídeo e tamanho das fontes nas plataformas digitais.

Por fim, a acessibilidade atitudinal diz respeito a preconceitos e capacitismos. “Muitos professores, quando recebem pessoas com deficiência, na hora já dizem que não sabem trabalhar com aquela pessoa. Mas eu não fui preparado na faculdade para dar aula para alunos excelentes, youtubers, com ritmo de aprendizagem mais acelerado do que o meu”, exemplifica. Para o palestrante, o professor aprende em sua formação continuada, desde que se abra para procurar fazer o seu melhor trabalho e pergunte para o aluno em questão qual a melhor forma de acessá-lo.

A diretora de Departamento Pedagógico, Letícia Grigoletto, chamou atenção para a reflexão sobre a dificuldade de “ensinagem”. “O Letramento Digital é para todos e esse processo de inclusão é para todos também, e é um processo ativo. Na formação continuada que estamos tendo, não podemos falar somente das tecnologias e das ferramentas, mas também sobre a inclusão, a alfabetização e a cidadania digital”, afirma.

Capacitação em Letramento Digital

No decorrer do Letramento Digital serão abordados os seguintes tópicos: Tecnologias Assistivas; Cidadania Digital e Educação Midiática; Modelos de Atividades Remotas; Aulas Remotas com Google Sala de Aula; Atividades Pedagógicas no Ambiente Virtual; Recursos Avançados das Ferramentas Gsuite; Metodologias Ativas na prática; Explorando Tecnologias Educacionais por Área; e Socialização de Práticas Pedagógicas.

Aulas Remotas

Para que todos estejam preparados para as Aulas Remotas, a Secretaria Estadual da Educação do Rio Grande do Sul realizará capacitações para utilização da plataforma Google Sala de Aula com os professores e estudantes da Rede Estadual de Ensino. A iniciativa compõe o modelo híbrido de ensino, que também compreende as aulas presenciais, sem data de retorno.

https://www.youtube.com/watch?v=-SYXAAGkp6g

Seduc RS

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