Foto: Seduc
A Secretaria Estadual da Educação (Seduc), por meio do
Departamento Pedagógico, realizou, na terça-feira, 23 de junho, a segunda live
do período de Letramento Digital das Aulas Remotas na Rede Estadual de Ensino.
A palestra de Doug Alvoroçado trouxe dicas sobre inclusão e acessibilidade nas
escolas. A capacitação, que visa fornecer aos professores o conhecimento para a
preparação de aulas no formato não presencial, segue até o dia 26 de agosto. As
transmissões ocorrem pela página da Seduc no Facebook e no canal do Youtube
Seduc TV RS.
O mestre em Educação e Google Innovator Doug Alvoroçado
lembrou que, por muito tempo, pessoas com deficiência eram afastadas de espaços
de ensino e trabalho. De acordo com ele,
esta é uma realidade que mudou, mas que ainda apresenta grandes desafios para
que não ocorra uma exclusão dentro do processo de inclusão. “A inclusão é
ativa, e não passiva. Eu, professor, tenho que me mover para promover a
inclusão daquele aluno”, ressalta.
Doug pontuou quatro aspectos a serem observados, no que
se refere à acessibilidade: o arquitetônico, o metodológico, o instrumental e o
atitudinal. O arquitetônico diz respeito à possibilidade de acesso das pessoas
com deficiência a todos os ambientes de estudo, a partir de rampas, escadas,
elevadores e afins. O metodológico está ligado aos métodos e técnicas de
estudo, trabalho, comunicação e ações oferecidas pelo professor. “Existe a
dificuldade de aprendizagem, mas também há a dificuldade de ‘ensinagem’, quando
eu só consigo ensinar de uma única forma, que não permite que algum aluno
consiga absorver aquele conhecimento”, destaca.
A acessibilidade instrumental se dá mediante aparelhos e
utensílios adequados às necessidades de todos os estudantes atendidos. Em
tempos de pandemia, por exemplo, Doug destaca que é importante pensar nos
instrumentos oferecidos ao aluno para acessar as lives, como espaço para
tradutores-intérpretes no vídeo e tamanho das fontes nas plataformas digitais.
Por fim, a acessibilidade atitudinal diz respeito a
preconceitos e capacitismos. “Muitos professores, quando recebem pessoas com
deficiência, na hora já dizem que não sabem trabalhar com aquela pessoa. Mas eu
não fui preparado na faculdade para dar aula para alunos excelentes, youtubers,
com ritmo de aprendizagem mais acelerado do que o meu”, exemplifica. Para o
palestrante, o professor aprende em sua formação continuada, desde que se abra
para procurar fazer o seu melhor trabalho e pergunte para o aluno em questão
qual a melhor forma de acessá-lo.
A diretora de Departamento Pedagógico, Letícia
Grigoletto, chamou atenção para a reflexão sobre a dificuldade de “ensinagem”.
“O Letramento Digital é para todos e esse processo de inclusão é para todos
também, e é um processo ativo. Na formação continuada que estamos tendo, não
podemos falar somente das tecnologias e das ferramentas, mas também sobre a
inclusão, a alfabetização e a cidadania digital”, afirma.
Capacitação
em Letramento Digital
No decorrer do Letramento Digital serão abordados os
seguintes tópicos: Tecnologias Assistivas; Cidadania Digital e Educação
Midiática; Modelos de Atividades Remotas; Aulas Remotas com Google Sala de
Aula; Atividades Pedagógicas no Ambiente Virtual; Recursos Avançados das
Ferramentas Gsuite; Metodologias Ativas na prática; Explorando Tecnologias
Educacionais por Área; e Socialização de Práticas Pedagógicas.
Aulas
Remotas
Para que todos estejam preparados para as Aulas Remotas,
a Secretaria Estadual da Educação do Rio Grande do Sul realizará capacitações
para utilização da plataforma Google Sala de Aula com os professores e
estudantes da Rede Estadual de Ensino. A iniciativa compõe o modelo híbrido de
ensino, que também compreende as aulas presenciais, sem data de retorno.
https://www.youtube.com/watch?v=-SYXAAGkp6g
Seduc RS
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