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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Seduc a favor da aprendizagem e contra a reprovação


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) divulgou neste mês os resultados finais do Censo Escolar da Educação Básica 2011. No Rio Grande do Sul a reprovação do Ensino Médio chega a 20,7%, o índice mais alto do país, envolvendo todas as redes de ensino. Para o secretário de Estado da Educação, Prof. Dr. Jose Clovis de Azevedo, o resultado não foi uma surpresa.  Ao assumir a Pasta da Educação em janeiro de 2011 analisou a série histórica das taxas de rendimento (aprovação, reprovação e abandono) do Estado e percebeu que os percentuais são semelhantes desde 1975. Nesse período todo, o índice oscilou entre 15,33% e 32,98%.
Neste contexto, o secretário iniciou um movimento “a favor da aprendizagem e contra a reprovação”, como ele próprio denominou. Em reunião com os gestores das 30 Coordenadorias Regionais de Educação (CRE’s) informou que a reversão destes índices é o quarto eixo de gestão da Pasta. Os demais são: formação permanente dos professores, recuperação física das escolas, incluindo a modernização tecnológica e a valorização e o diálogo permanente com os educadores. A orientação para as CRE’s é que o debate seja realizado nas escolas em parceria com as universidades.
Segundo Azevedo, foi a partir da leitura destes dados que a Secretaria de Educação (Seduc) desencadeou o programa de reestruturação curricular do Ensino Médio, culminado com a implantação do Ensino Médio Politécnico na Rede Pública Estadual já em andamento neste ano. “Os índices são semelhantes em todo país. É só no Brasil e no Rio Grande do Sul que se aceita uma coisa dessas como natural. Em nenhum outro país isso é encarrado como se fosse uma coisa normal. Precisamos construir um novo senso comum na Educação”, salienta o secretário. Além disso, destaca que a responsabilidade é de todos os agentes educacionais, desde os gestores como secretários de Estados, diretores, professores, a família e o próprio aluno. “A responsabilidade é de todos. Mas nós que somos os educadores, que detemos os conhecimentos técnicos não podemos aceitar isso. O objeto do nosso trabalho é a aprendizagem. Se o aluno não aprende, fracassamos todos”, disse.
De acordo com o chefe da Pasta, o ponto de partida para a mudança dos índices passa pela discussão dos conceitos de conhecimento e avaliação. “As pessoas confundem dados, informação e conhecimento. E são três conceitos diferentes. A avaliação é um processo intrínseco ao trabalho. É observar, acompanhar, é a síntese dos processos de aprendizagem”, sustenta Azevedo.

Fonte: Seduc

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