Educador Celso Antunes |
A 21ª CRE, em parceira
com a FAÍSA Faculdades, a SMEC de Três Passos, o Instituto Educacional Conexão
Saber / IECOS, de Humaitá, as instituições educacionais da rede estadual Érico
Veríssimo, Águia de Haia, Padre Gonzales, Gonçalves Dias, José de Anchieta e
Olavo Bilac promoveu, na manhã de 11 de setembro/13, no Auditório da UNIJUÍ –
Campus Três Passos, palestra com o educador e escritor paulista Celso Antunes.
O tema abordado na ocasião, que versou sobre Novas Maneiras de Ensinar e Novas
Formas de Aprender, integrou o Encontro Interregional de Formação Continuada:
Vivências Docentes no Curso Normal.
Celso Antunes compartilhou
vivências e valorizou os professores. Referindo-se aos profissionais da
educação evidenciou, inclusive, que “todas as profissões são importantes, mas
só uma delas prepara as demais”. Disse também que a diferença entre a escola
que temos e a escola que precisamos ter “depende apenas do professor querer
fazer”; que o desafio é proceder à transição entre o professor que somos e o
professor que o momento requer ou precisa. Para isso sugere releituras e mudanças
relacionadas ao conceito de aula, à ideia de conteúdo, à ideia sobre o sentido
de inteligência, habilidade e competência, e, à ideia de avaliação.
Em relação às aulas sugeriu
não dar respostas prontas aos estudantes e sim instigar a pesquisa, o
protagonismo, as relações, a fala contextualizada, a apropriação e a reconstrução
dos conceitos até então consagrados pela cultura em um linguajar pertencente à
realidade dos estudantes. Celso Antunes afirmou que a aula precisa ter
características propositivas e, “que o conteúdo dessa aula, naturalmente deverá
estar conectado ao dia a dia dos educandos.” Salientou que “o conhecimento não
é para fazer provas e sim para uso diário”.
Em destaque: Solange Rufino/ 36ª CRE e Marli Franke/ 21ª CRE |
O educador paulista concebe a
inteligência como múltipla e plástica, portanto expansível a partir do estímulo
dos educadores e do esforço de cada um para romper seus provisórios limites.
Define competência como saber fazer, como realizar o saber, treinar, por
exemplo, o cálculo e a fala. Afirma que a competência, desde que estimulada,
também pode ampliar-se.
Quanto às habilidades o
professor Celso referiu que elas são ferramentas e, como tal, devem ser
empregadas em todas as aulas. Citou entre as habilidades: comparar, sintetizar,
analisar, classificar, relatar, descrever e interpretar. Destacou que muitas
vezes, em provas como as do ENEM, por exemplo, os estudantes não atentam para a
habilidade solicitada. “Habilidades estas que precisam ser bem trabalhadas nas
escolas”, enfatizou.
Para o palestrante a
avaliação é um dos temas mais relevantes. Ele criticou o fato de todos
perceberem e evidenciarem o que o estudante não tem. “Quando aprenderemos a
aprender a ver o que não falta no estudante?” perguntou. Ele entende que a
avaliação justa deveria olhar o melhor em cada estudante. Disse que “para
chegarmos a uma educação avançada não devemos buscar o ótimo e sim o máximo”.
Neste sentido definiu “ótimo” como um nivelamento, um resultado pessoal;
definiu como “máximo” o resultado que oportuniza a todos um melhor resultado
pessoal, isto é, o ótimo de cada um. Para ele, avaliar bem é querer e buscar
realizar o melhor que cada um pode ser.
Presentes ao evento
educadores de diversos municípios da microrregião celeiro das redes estadual e
municipal de ensino e estudantes do curso normal. A apresentação artística
esteve a cargo do Instituto Estadual de Educação Érico Veríssimo de Três
Passos. Celso Antunes elogiou a maneira como reconhecemos e cantamos o hino de
nosso Estado.
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