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terça-feira, 1 de outubro de 2013

PALESTRA COM CELSO ANTUNES


Educador Celso Antunes

A 21ª CRE, em parceira com a FAÍSA Faculdades, a SMEC de Três Passos, o Instituto Educacional Conexão Saber / IECOS, de Humaitá, as instituições educacionais da rede estadual Érico Veríssimo, Águia de Haia, Padre Gonzales, Gonçalves Dias, José de Anchieta e Olavo Bilac promoveu, na manhã de 11 de setembro/13, no Auditório da UNIJUÍ – Campus Três Passos, palestra com o educador e escritor paulista Celso Antunes. O tema abordado na ocasião, que versou sobre Novas Maneiras de Ensinar e Novas Formas de Aprender, integrou o Encontro Interregional de Formação Continuada: Vivências Docentes no Curso Normal.
Celso Antunes compartilhou vivências e valorizou os professores. Referindo-se aos profissionais da educação evidenciou, inclusive, que “todas as profissões são importantes, mas só uma delas prepara as demais”. Disse também que a diferença entre a escola que temos e a escola que precisamos ter “depende apenas do professor querer fazer”; que o desafio é proceder à transição entre o professor que somos e o professor que o momento requer ou precisa. Para isso sugere releituras e mudanças relacionadas ao conceito de aula, à ideia de conteúdo, à ideia sobre o sentido de inteligência, habilidade e competência, e, à ideia de avaliação.
Em relação às aulas sugeriu não dar respostas prontas aos estudantes e sim instigar a pesquisa, o protagonismo, as relações, a fala contextualizada, a apropriação e a reconstrução dos conceitos até então consagrados pela cultura em um linguajar pertencente à realidade dos estudantes. Celso Antunes afirmou que a aula precisa ter características propositivas e, “que o conteúdo dessa aula, naturalmente deverá estar conectado ao dia a dia dos educandos.” Salientou que “o conhecimento não é para fazer provas e sim para uso diário”.
Em destaque: Solange Rufino/ 36ª CRE  e Marli Franke/ 21ª CRE
            O educador paulista concebe a inteligência como múltipla e plástica, portanto expansível a partir do estímulo dos educadores e do esforço de cada um para romper seus provisórios limites. Define competência como saber fazer, como realizar o saber, treinar, por exemplo, o cálculo e a fala. Afirma que a competência, desde que estimulada, também pode ampliar-se.
Quanto às habilidades o professor Celso referiu que elas são ferramentas e, como tal, devem ser empregadas em todas as aulas. Citou entre as habilidades: comparar, sintetizar, analisar, classificar, relatar, descrever e interpretar. Destacou que muitas vezes, em provas como as do ENEM, por exemplo, os estudantes não atentam para a habilidade solicitada. “Habilidades estas que precisam ser bem trabalhadas nas escolas”, enfatizou.
Para o palestrante a avaliação é um dos temas mais relevantes. Ele criticou o fato de todos perceberem e evidenciarem o que o estudante não tem. “Quando aprenderemos a aprender a ver o que não falta no estudante?” perguntou. Ele entende que a avaliação justa deveria olhar o melhor em cada estudante. Disse que “para chegarmos a uma educação avançada não devemos buscar o ótimo e sim o máximo”. Neste sentido definiu “ótimo” como um nivelamento, um resultado pessoal; definiu como “máximo” o resultado que oportuniza a todos um melhor resultado pessoal, isto é, o ótimo de cada um. Para ele, avaliar bem é querer e buscar realizar o melhor que cada um pode ser.
Presentes ao evento educadores de diversos municípios da microrregião celeiro das redes estadual e municipal de ensino e estudantes do curso normal. A apresentação artística esteve a cargo do Instituto Estadual de Educação Érico Veríssimo de Três Passos. Celso Antunes elogiou a maneira como reconhecemos e cantamos o hino de nosso Estado.

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